Quer receber nossas novidades e promoções? Cadastre aqui seu e-mail!

Fale pelo WhatsApp     

    BLOG

    SOLLOCAST #31 – ADUBAÇÃO VERDE E PLANTAS DE COBERTURA COMO SOLUÇÕES ATUAIS

    SOLLOCAST #31 – ADUBAÇÃO VERDE E PLANTAS DE COBERTURA COMO SOLUÇÕES ATUAIS

    O SolloCast está com um novo episódio! Desta vez, o convidado foi o engenheiro agrônomo José Aparecido Donizeti Carlos, onde discutiu um tema essencial para a sustentabilidade agrícola: “Adubação verde e plantas de cobertura como soluções atuais”.

    José Aparecido compartilha sua expertise e aborda como essas práticas podem transformar a produtividade das tarefas, melhorar a qualidade do solo e reduzir o impacto ambiental.

    Não perca essa oportunidade de se aprofundar em técnicas inovadoras que estão revolucionando o agronegócio.

    Assista agora no canal SolloAgro no YouTube https://www.youtube.com/watch?v=kVldYYb4qHI

    Livro “Manejo e conservação de solo e água”

    Livro “Manejo e conservação de solo e água”

    Este livro reúne 35 estudos desenvolvidos no âmbito da Rede Paranaense de AgroPesquisa e Formação Aplicada (Rede AgroParaná), formada por 150 pesquisadores oriundos de 19 instituições de pesquisa, entre universidade públicas e entidades privadas, que se debruçaram sobre o manejo sustentável da água e do solo no Estado.

    A iniciativa teve início em 2016 e contou com apoio do Sistema FAEP/SENAR-PR.

    O material é voltado principalmente a técnicos, estudantes de pós-graduação e professores.

    Acesse em: https://www.sistemafaep.org.br/livro-manejo-e-conservacao-de-solo-e-agua/ 

    ADUBAÇÃO VERDE E PLANTAS DE COBERTURA NO BRASIL – EMBRAPA LANÇA OBRA COM ACESSO GRATUITO

    ADUBAÇÃO VERDE E PLANTAS DE COBERTURA NO BRASIL – EMBRAPA LANÇA OBRA COM ACESSO GRATUITO

     

    A primeira edição do livro sobre Adubação verde e plantas de cobertura no Brasil, foi lançada de forma impressa e esgotada. Desta vez, a Embrapa lança a 2° edição da obra de forma digital e gratuita, disponível para download no site.

    A nova edição é dividida em dois volumes, onde no primeiro é relatado a história do uso da adubação verde no Brasil, assim como a situação atual e as perspectivas futuras, e no segundo volume, é apresentado o conhecimento sobre temas relacionados à adubação verde e ao uso de plantas de cobertura.

    O engenheiro agrônomo e sócio-diretor da Piraí Sementes, José Donizeti Carlos é um dos editores técnicos da obra e destaca que os livros são um “depósito de todo o conhecimento adubação verde no Brasil de forma totalmente atualizada”. E acrescenta, dizendo que a adubação verde “veio para ficar com resultados significativos no seu uso. E os trabalhos científicos são sempre muito positivos”.

    Os volumes podem ser acessados através dos respectivos links: https://bit.ly/3HVDNPq e https://bit.ly/42KjIDH.

    PARA A RECUPERAÇÃO DOS SOLOS, NADA COMO A CROTALÁRIA

    PARA A RECUPERAÇÃO DOS SOLOS, NADA COMO A CROTALÁRIA

    Artigo extraído de http://www.ideaonline.com.br/conteudo/para-a-recuperacao-dos-solos-nada-como-a-crotalaria.html?utm_campaign=clip_17082021&utm_medium=email&utm_source=RD+Station

    PARA A RECUPERAÇÃO DOS SOLOS, NADA COMO A CROTALÁRIA

    Postado em 16 de Agosto de 2021

    A crotalária tem capacidade de fixação de nitrogênio no solo que pode chegar a até 300 quilos por hectare, além de controlar nematoides

    As crotalárias estão entre as principais culturas rotacionais utilizadas nas áreas de renovação de canaviais. Não oferecem ganhos econômicos como a soja e o amendoim, mas seus ganhos agronômicos são imbatíveis, têm capacidade de fixação de nitrogênio no solo que pode chegar a até 300 quilos por hectare, além de controlar nematoides.

    O ideal é que o plantio da Crotalária ocorra entre outubro e novembro. O preparo de solo é o mesmo realizado para receber os toletes de cana. O plantio da semente pode ser em linha, feito com a máquina, ou a lanço, sendo que, nesse caso, é necessário que depois se incorpore a semente de forma leve e superficial.

    Com relação ao manejo de plantas daninhas, cada espécie tem suas particularidades. No caso da Crotalária. juncea, o uso de trifluralina é opcional, mas recomendável para as áreas com histórico de pastagens e de grande potencial de folhas estreitas. Já a Crotalária. spectabilis, por contar com uma fase inicial lenta, requer obrigatoriamente que a trifluralina seja utilizada para o controle de folhas estreitas.

    Para o manejo, existem duas práticas usuais: o químico, voltado para as espécies C. ochroleuca e C. spectabilis; e o mecânico, com maior eficiência na C. juncea. Lembrando que, em qualquer um dos casos, esse processo deve ser feito sempre no pleno florescimento da planta.

    O manejo químico consiste na dessecação da área com uso de herbicidas, sendo este o método com maior rendimento operacional e menor custo. Nas usinas, essa prática é feita com uso de uniportes, ou seja, equipamentos de grande porte, com barras de pulverização largas e que alcançam alta velocidade, proporcionando um grande rendimento para a aplicação. O manejo químico numa área de 2,5 mil ha, por exemplo, pode ser feito em poucos dias. Apesar dos custos do manejo químico ser um pouco mais elevados que os do manejo mecânico, é viável que as Crotalárias sejam utilizadas na renovação dos canaviais.

    Já o manejo mecânico é realizado com outros tipos de equipamentos, como rolo faca, roçadeira, triturador (triton), grades niveladoras e tronco de madeira. Essa prática é indicada apenas para a Crotalária juncea, pois ela apresenta resistência ao controle químico. Isso acaba limitando o cultivo desta espécie, que dá bons resultados em áreas menores, devido ao baixo rendimento do manejo mecânico.

    Sobre a incorporação, ou não, dessa planta no solo após seu manejo, o pesquisar Denizart Bolonhezi, pesquisador da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, explica que esse ato poderá fazer com que haja falhas na brotação da cana-de-açúcar. “A Crotalária pode chegar a 20 toneladas de matéria seca, sendo que incorporar isso numa camada de 30 cm de solo fará com que muito do material não se decomponha. Dessa forma, existe o risco de as gemas da cana entrarem em contato com bolsões de ar formados pelo resíduo vegetal, que acabarão impedindo a brotação.”

    O pesquisador recomenda que o produtor ou usina conviva com esse material na entrelinha da cana, que inclusive ajudará a segurar umidade no solo.

    Efeito do uso de blends de plantas de cobertura consorciadas no cultivo de café arábica.

    Efeito do uso de blends de plantas de cobertura consorciadas no cultivo de café arábica.

    Effect of use of blends of coverage plants consortiated with the
    arabic coffee

    IOSR Journal of Agriculture and Veterinary Science (IOSR-JAVS)
    e-ISSN: 2319-2380, p-ISSN: 2319-2372. Volume 13, Issue 12 Ser. I (December 2020), PP 59-63
    www.iosrjournals.org
    DOI: 10.9790/2380-1312015963 www.iosrjournals.org 59 | Page

    Talyf de Oliveira Carvalho, Kleso Silva Franco Júnior, Giselle Prado Brigante.
    Agronomy student, Department of Agronomy, Centro Superior de Ensino e Pesquisa (CESEP), Machado/MG,
    Brazil

    Para ler o artigo completo, clique no link abaixo e visualize o PDF.

    Efeito do uso de blends de plantas de cobertura consorciadas no cultivo de café arábica.

    O ENRAIZAMENTO COMO PRÁTICA CONSERVACIONISTA

    O ENRAIZAMENTO COMO PRÁTICA CONSERVACIONISTA

    Afonso Peche Filho

    Afonso Peche Filho

    Pesquisador Cientifico do Instituto Agronômico de Campinas.

    Em áreas tropicais o solo deve estar coberto sempre. Seja de cobertura verde ou morta, mas coberto sempre. A cobertura vegetal do solo é a base da agricultura conservacionista. A construção do solo agrícola em ambientes produtivos só é possível pela ajuda dos vegetais. Assim a “arte” de construir solos produtivos é uma interação harmoniosa entre o agricultor e os vegetais. Uma parceria, entre a planta e o homem, que produz estrutura para todas as formas de vida. Devemos reconhecer que não é o homem e sim o vegetal o grande “artífice” na construção de ambientes produtivos. Quem produz este espetáculo biodiversificado é a comunidade vegetal.

    Hoje, o homem impôs à natureza os agroecossistemas, que tem como característica básica a mudança de cenários de tempos em tempos, ou de safras após safras. Nos agroecossistemas os vegetais continuam tendo uma atuação marcante, mas parece que um detalhe vem sendo renegado pelo homem a um segundo plano: o papel da raiz como protagonista na construção de solos produtivos. Nestas cenas, o homem “pouco” aparece. A construção de ambientes produtivos ocorre de cima para baixo. É o material orgânico decomposto na superfície que alimenta o interior do solo, e para isso é necessário que ocorra condições de caminhamento deste material. As raízes das plantas são as “veias do solo”. As raízes tem capacidade para alterar as condições do solo, tais como a fertilidade, agregação, a aeração, o umedecimento e o caminhamento da água no seu interior.

    A agricultura conservacionista tem no manejo da vegetação o seu objetivo maior, grande parte das atividades conservacionistas tem relações intimas com o desenvolvimento de raízes e com a produção de material orgânico na subsuperfície. O manejo de raízes é uma consequência da qualidade destas relações sendo crucial para reduzir a erosão hídrica e melhorar os processos hidrológicos das áreas agrícolas. Para manejar raízes, duas práticas são fundamentais. Uma está relacionada com a disponibilização de cálcio no perfil do solo e a outra com a rotação de culturas. O papel do cálcio no desenvolvimento radicular é bem conhecido. A falta de cálcio no solo causa severas restrições ao crescimento radicular das plantas. O cálcio é um elemento químico imóvel na planta, não transloca das partes aéreas para as raízes. Assim o cálcio requerido para o crescimento de raízes tem que ser absorvido da solução do solo. Às vezes, uma quantidade adequada de calcário é aplicada superficialmente, não atingindo horizontes mais profundos restringindo as raízes em sua capacidade de crescer em profundidade. Em solos ácidos como os do cerrado o manejo do cálcio em subsuperfície é fundamental para promover enraizamento abundante e a infiltração de chuvas torrenciais. A rotação de culturas como prática do manejo de enraizamento preconiza a variação de diferentes tipos de raízes num planejamento racional de plantações diversas, sempre na busca de restabelecer um equilíbrio biológico e um equilíbrio dinâmico entre os fatores do manejo de plantas e a construção de um perfil produtivo do solo. O esquema de sucessão ordenada no tempo e no espaço permite a ocupação do solo por diferentes tipos de raízes estabelecendo assim uma condição muito boa para a conservação produtiva das terras agrícolas principalmente pela manutenção do balanço da matéria orgânica e da drenagem interna.

    Para propostas de manejo conservacionista, podemos classificar as raízes em primárias, secundárias e terciárias. As raízes primárias sempre são as mais grossas, geralmente acumulam substâncias energéticas (amido, sais e proteínas), e substancias estruturantes como a lignina e celulose, são de posicionamento mais vertical, sendo geradoras da porosidade livre, ou seja, poros onde o ar e a água caminham livremente carreando as substâncias húmicas para o interior do perfil. As raízes secundárias, normalmente de posicionamento horizontal são mais abundantes do que as primárias sendo responsáveis pela manutenção das funções vitais (respiração, absorção de sais e água) servem também como estrutura de acumulação de nutrientes de reserva além de servirem como uma espécie de ponte para as raízes terciárias de onde partem os “pelos” absorventes, responsáveis pela absorção de nutrientes do solo.

    Um perfil de solo bem formado apresenta abundancia de raízes em profundidade e em toda a sua superfície. O desenvolvimento da prática do enraizamento na agricultura conservacionista leva a construção de ambientes produtivos e com menor risco de degradação.

    * pesquisador científico do Instituto Agronômico de Campinas – IAC