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ADUBAÇÃO VERDE E PLANTAS DE COBERTURA NO BRASIL – EMBRAPA LANÇA OBRA COM ACESSO GRATUITO

ADUBAÇÃO VERDE E PLANTAS DE COBERTURA NO BRASIL – EMBRAPA LANÇA OBRA COM ACESSO GRATUITO

 

A primeira edição do livro sobre Adubação verde e plantas de cobertura no Brasil, foi lançada de forma impressa e esgotada. Desta vez, a Embrapa lança a 2° edição da obra de forma digital e gratuita, disponível para download no site.

A nova edição é dividida em dois volumes, onde no primeiro é relatado a história do uso da adubação verde no Brasil, assim como a situação atual e as perspectivas futuras, e no segundo volume, é apresentado o conhecimento sobre temas relacionados à adubação verde e ao uso de plantas de cobertura.

O engenheiro agrônomo e sócio-diretor da Piraí Sementes, José Donizeti Carlos é um dos editores técnicos da obra e destaca que os livros são um “depósito de todo o conhecimento adubação verde no Brasil de forma totalmente atualizada”. E acrescenta, dizendo que a adubação verde “veio para ficar com resultados significativos no seu uso. E os trabalhos científicos são sempre muito positivos”.

Os volumes podem ser acessados através dos respectivos links: https://bit.ly/3HVDNPq e https://bit.ly/42KjIDH.

PARA A RECUPERAÇÃO DOS SOLOS, NADA COMO A CROTALÁRIA

PARA A RECUPERAÇÃO DOS SOLOS, NADA COMO A CROTALÁRIA

Artigo extraído de http://www.ideaonline.com.br/conteudo/para-a-recuperacao-dos-solos-nada-como-a-crotalaria.html?utm_campaign=clip_17082021&utm_medium=email&utm_source=RD+Station

PARA A RECUPERAÇÃO DOS SOLOS, NADA COMO A CROTALÁRIA

Postado em 16 de Agosto de 2021

A crotalária tem capacidade de fixação de nitrogênio no solo que pode chegar a até 300 quilos por hectare, além de controlar nematoides

As crotalárias estão entre as principais culturas rotacionais utilizadas nas áreas de renovação de canaviais. Não oferecem ganhos econômicos como a soja e o amendoim, mas seus ganhos agronômicos são imbatíveis, têm capacidade de fixação de nitrogênio no solo que pode chegar a até 300 quilos por hectare, além de controlar nematoides.

O ideal é que o plantio da Crotalária ocorra entre outubro e novembro. O preparo de solo é o mesmo realizado para receber os toletes de cana. O plantio da semente pode ser em linha, feito com a máquina, ou a lanço, sendo que, nesse caso, é necessário que depois se incorpore a semente de forma leve e superficial.

Com relação ao manejo de plantas daninhas, cada espécie tem suas particularidades. No caso da Crotalária. juncea, o uso de trifluralina é opcional, mas recomendável para as áreas com histórico de pastagens e de grande potencial de folhas estreitas. Já a Crotalária. spectabilis, por contar com uma fase inicial lenta, requer obrigatoriamente que a trifluralina seja utilizada para o controle de folhas estreitas.

Para o manejo, existem duas práticas usuais: o químico, voltado para as espécies C. ochroleuca e C. spectabilis; e o mecânico, com maior eficiência na C. juncea. Lembrando que, em qualquer um dos casos, esse processo deve ser feito sempre no pleno florescimento da planta.

O manejo químico consiste na dessecação da área com uso de herbicidas, sendo este o método com maior rendimento operacional e menor custo. Nas usinas, essa prática é feita com uso de uniportes, ou seja, equipamentos de grande porte, com barras de pulverização largas e que alcançam alta velocidade, proporcionando um grande rendimento para a aplicação. O manejo químico numa área de 2,5 mil ha, por exemplo, pode ser feito em poucos dias. Apesar dos custos do manejo químico ser um pouco mais elevados que os do manejo mecânico, é viável que as Crotalárias sejam utilizadas na renovação dos canaviais.

Já o manejo mecânico é realizado com outros tipos de equipamentos, como rolo faca, roçadeira, triturador (triton), grades niveladoras e tronco de madeira. Essa prática é indicada apenas para a Crotalária juncea, pois ela apresenta resistência ao controle químico. Isso acaba limitando o cultivo desta espécie, que dá bons resultados em áreas menores, devido ao baixo rendimento do manejo mecânico.

Sobre a incorporação, ou não, dessa planta no solo após seu manejo, o pesquisar Denizart Bolonhezi, pesquisador da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, explica que esse ato poderá fazer com que haja falhas na brotação da cana-de-açúcar. “A Crotalária pode chegar a 20 toneladas de matéria seca, sendo que incorporar isso numa camada de 30 cm de solo fará com que muito do material não se decomponha. Dessa forma, existe o risco de as gemas da cana entrarem em contato com bolsões de ar formados pelo resíduo vegetal, que acabarão impedindo a brotação.”

O pesquisador recomenda que o produtor ou usina conviva com esse material na entrelinha da cana, que inclusive ajudará a segurar umidade no solo.

Efeito do uso de blends de plantas de cobertura consorciadas no cultivo de café arábica.

Efeito do uso de blends de plantas de cobertura consorciadas no cultivo de café arábica.

Effect of use of blends of coverage plants consortiated with the
arabic coffee

IOSR Journal of Agriculture and Veterinary Science (IOSR-JAVS)
e-ISSN: 2319-2380, p-ISSN: 2319-2372. Volume 13, Issue 12 Ser. I (December 2020), PP 59-63
www.iosrjournals.org
DOI: 10.9790/2380-1312015963 www.iosrjournals.org 59 | Page

Talyf de Oliveira Carvalho, Kleso Silva Franco Júnior, Giselle Prado Brigante.
Agronomy student, Department of Agronomy, Centro Superior de Ensino e Pesquisa (CESEP), Machado/MG,
Brazil

Para ler o artigo completo, clique no link abaixo e visualize o PDF.

Efeito do uso de blends de plantas de cobertura consorciadas no cultivo de café arábica.

ADUBAÇÃO VERDE EM CITROS

ADUBAÇÃO VERDE EM CITROS

Por: Dr. Renato Ragoozo – Eng. Agrônomo

 

Na década de 90 o uso das plantas de cobertura na citricultura tiveram o seu maior desenvolvimento. No campo dominou a técnica de plantio e manejo, e na pesquisa comprovou a sua efetividade de custo-benefício.

A prática e a pesquisa confirmam que os adubos verdes melhoram as condições físicas, químicas e biológicas do solo, diminuem a emergência de plantas invasoras, que concorrem em água, luz e nutrientes com a laranjeira e substituem parte da aplicação de nitrogênio mineral em pomares de citros em formação.

Além de todos esses benefícios, os adubos verdes aumentam a produtividade resultando numa relação custo/beneficio muito positiva para o citricultor.

A seguir serão apresentados alguns resultados, todos baseados em trabalhos científicos que mostram e comprovam claramente os benefícios dos adubos verdes:

RECICLAGEM DE NUTRIENTES E FIXAÇÃO DE NITROGÊNIO

A avaliação da produção de biomassa e nutrientes nos adubos verdes intercalares à cultura do citros demonstram a quantidade de nutrientes que compõe estas leguminosas e o quanto poderá enriquecer o solo, sendo disponibilizados futuramente para a laranjeira.

Tratamentos Macronutrientes kg/ha Micronutrientes g/ha
N P2 O5 K2 O Ca Mg S B Cu Fe Mn Zn
Crotalária juncea 183 39 204 105 52 13 236 92 4.2 721 275
Crotalária spectabilis 44 10 56 38 10 3 74 30 561 170 64
Guandu 144 30 131 55 21 10 157 82 3.1 506 144
Mucuna-preta 86 19 73 39 14 6 93 64 8.1 612 103
Mucuna-anã 91 15 55 32 14 7 91 74 5.8 714 105
Lab-lab 67 19 69 42 19 7 93 32 4.6 578 100
Feijão-de-porco 169 31 138 109 30 11 169 42 4.0 780 133

Obs. Quantidade de nutrientes considerando plantio em área total; para área de citros utilizada, considerar 50% dos valores.

CAPACIDADE DE ARMAZENAMENTO DE ÁGUA

As coberturas vegetais aumentam a capacidade de armazenamento de água no solo em profundidade quando compara-se com o manejo convencional, isto é, gradagens nas entrelinhas.

DESCOMPACTAÇÃO, ESTRUTURAÇÃO E AERAÇÃO DO SOLO

Em diversos trabalhos de pesquisa, constatou -se o aumento da distribuição percentual de raízes em profundidade nos tratamentos com adubos verdes, inclusive o rompimento de camadas adensadas, além do aumento da macroporosidade e redução na densidade do solo.

ATIVIDADE BIOLÓGICA DO SOLO

É notável a influência positiva dos adubos verdes nas interações microbiológicas do solo, decorrente da maior quantidade de biomassa microbiana e atividade enzimática.

MANEJO DE PLANTAS DANINHAS

A redução da produtividade do citros pela concorrência com as plantas invasoras é bastante conhecida e os adubos verdes são poderosas ferramentas na diminuição da emergência destas plantas.

AUMENTO DA PRODUTIVIDADE DOS CITROS

Trabalhos de diversos pesquisadores confirmaram o ganho de produtividade dos citros com a utilização de adubos verdes através de experimentos instalados em São Paulo, Bahia e Sergipe, além de um custo/beneficio muito positivo, conforme quadro abaixo:

Tratamentos Caixas/planta

2003

Caixas/planta

2004

Plantas/ha Total caixas/ha

2003 e 2004

Feijão-de-porco 1,96 2,50 357 1592,22
Guandu-anão 2,06 2,53 357 1638,63
Lab-lab 2,02 2,52 357 1620,78
Braquiária 2,00 2,12 357 1470,84

 

SUGESTÕES DE MANEJO DE COBERTURAS VEGETAIS EM CITROS PARA UM POMAR DE CITROS EM PRODUÇÃO:

1) Aplicação de herbicidas nas linhas da cultura e nas entrelinhas onde os adubos verdes serão semeados;

2) Aplicar a parcela da adubação para a cultura da laranja, diminuindo desta forma o excesso de movimentação sobre as plantas de cobertura;

3) Efetuar o controle de pragas, principalmente os ácaros da falsa ferrugem e da leprose. É interessante associar produtos de residual longo evitando entradas sucessivas no pomar;

4) Plantio direto dos adubos verdes. É de fundamental importância ter em mãos a análise química de solo das entrelinhas do pomar, pois estes respondem muito bem a solos corrigidos, ao fósforo e ao potássio. Estes devem ser plantados a 50cm de distância da projeção da copa da laranjeira, espaçadas à 50cm uma linha da outra;

AS ESPÉCIES MAIS RECOMENDADAS SÃO: GUANDU-ANÃO, FEIJÃO-DE-PORCO E LABLAB.

5) Após o plantio, os adubos verdes dispensam quaisquer outros tipos de tratos culturais, devendo ser manejados na época do pleno florescimento, ocasião em que estão no auge de acumulação de nutrientes;

6) Uma opção bastante vantajosa, quando ocorrer o manejo dos adubos verdes, é direcionar todo este rico material para as linhas da cultura da laranja, aproveitando melhor seus nutrientes e diminuindo a emergência de plantas daninhas. Atualmente existem no mercado roçadeiras que permitem este tipo de operação.